Mug gift from Bruno Del Rey on Vimeo.
Minha irmã e eu somos muito próximos. Alguns irmãos não tem essa proximidade, essa necessidade de saber se o outro esta bem, o que ele gosta mais ou menos, o que ele gostaria de ganhar de presente de natal...
Devido as dificuldades na vida eu e minha irmã, precisamos nos unir e estabelecer uma parceria muito intima. Não que eu seja muito emocional, as vezes até pareço insensível. Imerso no trabalho, meio distante. Mas quando agente lembra de alguma coisa que marca nosso passado, principalmente no período da infância, as vezes o olho fica molhado de lembrar a quantidade de coisas que passamos, independente delas serem boas ou ruins. Beirando os 30 anos de vida, a sensação é de que certas coisas aconteceram em outra vida, de tão sutis as lembranças, as vezes impossíveis de serem lembradas.
Ela chama-se Paula, e meus pais dizem que a sugestão do nome foi minha. Parceira de livros e ideias, inventiva por natureza. Uma menina esforçada e batalhadora, quase formada em Desenho Industrial. Por esses motivos não deu para me conformar em comprar qualquer coisa por ai para uma pessoa tão especial. Tomando café numa manha fiquei olhando a estampa na louça da caneca, logo pensei em desenhar alguma coisa para ela. Mas oque? Não podia ser uma coisa triste.
Foi então que lembrei de um vídeo antigo, onde ela tentava escalar o sofá e fazia um esforço tremendo. Era muito pequenina, ainda de fraldas andava toda desajeitada. Meus pais acharam graça e resolveram registrar a cena. Este vídeo acabou sendo exibido muitas vezes enquanto nós crescíamos, e assim a cena ficou na memoria. Achei que seria um bom presente. Assim posso dizer sem palavras: "Olha, eu sei que trabalhamos muito, que pareço distante. Mas eu ainda lembro de tudo, de cada coisa que aconteceu enquanto você crescia!"
Beijo para minha irmã
Sei que ando meio desaparecido do blog. Desculpe, logo mais posto novidades.
Obrigado por acompanhar!
